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segunda-feira, 19 de março de 2012

Mais um pouco sobre eles.

Buldogue Francês

O Bulldog Francês é um cão de companhia de pequeno porte. Seu nome indica que a França é seu país de origem, mas os Americanos e os Britânicos podem ter tido papéis mais decisivos em seu desenvolvimento. Os buldogues franceses também são conhecidos em países estrangeiros como frenchies. O primeiro padrão da raça foi redigido em 1898, de lá até hoje tem sofrido alterações, para chegarmos até a ultima atualização, datada de 06 de Abril de 1998.
A origem do buldogue francês não é certa, mas é de opinião geral que seu berço é francês e que pertence ao grupo dos molossos.
A Revolução Industrial – ocorrida em meados do século XIX - provocou a migração de artesãos ingleses, especialmente da região de Nottingham (Inglaterra), para o extremo norte da França, na região de Calais e Normandia. Esses artesãos ingleses carregavam consigo pequenos buldogues, chamados de "toy bulldogs".
O que eram os “toy bulldogs” é bastante especulado. Há quem diga que eram miniaturas de buldogues ingleses, escórias dos criatórios tradicionais que almejavam cães grandes e fortes. Há quem diga que é resultado de sucessivos acasalamentos entre buldogues ingleses, pugs e terriers de terras inglesas. Entretanto, essas duas teorias falham em explicar as orelhas eretas do buldogue francês contemporâneo.
Por sua vez, em terras Belgas e Francesas, existam os "Terriers Boules ou Ratiers". Havia inclusive criadores dessa raça caçadora de ratos! Monsieur Charles Petit foi um parisiense, que criou terrier boules na Bélgica por muitos anos, antes de retornar à França com seus melhores cães. Os historiadores contam que entre os ancestrais dos terriers boules estão os pugs, os affenpinschers e alguns terriers.
Em solo francês, os toy bulldogs e terrier boules acasalaram-se e, os frutos dessa mistura agradaram. Eram ótimos no extermínio de roedores e bons de companhia. Em pouco tempo espalharam-se pelo país. Estes foram os primeiros exemplares dos "bouledogues françaises"!
Os açougueiros e ajudantes do matadouro de La Villette, em Paris, foram os primeiros a criar o Buldogue Francês. Depressa foram imitados por cocheiros, sapateiros, vendedores ambulantes de frutas e até por agentes da polícia que se entusiasmaram com o pequeno Boule (Boule é a apócope de Bouledogue Français, nome francês do Buldogue Francês). Nos cafés organizavam-se reuniões para comparar os melhores exemplares; trocavam-se conselhos e, sobretudo, tentava-se obter cães mais fortes sem medir sacrifícios. Transformado na estrela de Paris dos ofícios humildes, o boule freqüentava os bairros populares de Pantin, Belleville e Lês Halles. O seu físico, o seu tamanho reduzido, a sua peculiar fisionomia, o seu caráter absolutamente encantador começaram a impor-se e a cativar os cada vez mais numerosos aficionados dos cães de cara chata.
Pouco depois, o Boule introduzir-se-ia nas casas públicas onde as mulheres de Belle Époque o adotaram por causa do aspecto excêntrico. Imortalizado por Toulouse-Lautrec no seu quadro Le Marchand de Marrons (O Vendedor de Castanhas) em 1901, o Buldogue Francês percorria como um conquistador os Champs Elysées, os grandes boulevards, o Bois de Boulogne...
Em 1888, foi fundado o 1º clube francês oficial da raça. Em 1894, a “Sociedade Central Canina”, reconheceu o Buldogue Francês como raça e pediu a união dos dois clubes pré-existentes, dessa maneira, foi fundado o “Clube do Bouledogue da França”.
A raça foi reconhecida nos EUA em 1898. É indiscutível que sem a influência e dedicação de criadores do continente Americano, a raça talvez não seria o que fosse hoje. Foram eles que organizaram o 1º clube do buldogue francês do mundo e foram eles que insistiram com as “orelhas de morcego”.
Um ponto de interesse histórico do Buldogue Francês: um Boule que foi segurado pelo valor “astronômico” (para a época) de U$750,00 (setecentos e cinquenta dólares) estava a bordo do famoso e naufragado Titanic. Seu nome era Gamin De Pycombe, propriedade do banqueiro Mr. Robert W. Daniels.
Realmente, o buldogue francês é uma das poucas raças que deve sua existência aos esforços de criadores de diferentes países, França, Bélgica e Estados Unidos.
Porte limítrofe entre o pequeno e médio, de estrutura compacta, sólida ossatura e bem musculoso. É possante para o tamanho, atarracado em suas proporções, de focinho curto e trufa (nariz) achatada, de orelhas empinadas, abertas na base e arredondadas e a cauda é naturalmente curta e nenhuma cirurgia estética é necessária. Vale ressaltar que o bulldog francês pode pesar de 8 a 14 kg, segundo o padrão proposto pela FCI.
Utilizado para companhia por milhares de pessoas no mundo, essa raça tem se popularizado muito nos últimos anos. De acordo com a FCI, representada no Brasil pela Confederação Brasileira de Cinofilia, o Bulldog Francês está inserido no grupo 9, o grupo dos cães de companhia, onde também se encontram raças como: pug, shih tzu, poodle, maltês, lhasa apso, dentre outras.

O temperamento do Bulldog Francês também confere um tom especial à raça, são cães normalmente alegres, calmos, curiosos, companheiros, e brincalhões. Como seus primos ingleses, são teimosos e pouco inteligentes. Entende-se aqui inteligência como a facilidade de aprender truques. Como todas as raças de companhia, eles necessitam, acima de tudo, de contato constante com humanos. Suas necessidades de exercícios são mínimas e variam de cão para cão. Sua natureza calma os torna grandes escolhas para aqueles que vivem em apartamento, assim como sua falta de interesse em latir. Geralmente, tem tendência a soltarem flatos.
Sendo uma raça de cara achatada, é essencial que seus futuros donos entendam que Buldogues Franceses não devem viver fora de casa. Seu sistema de respiração comprometivo não os permitem regular suas temperaturas eficientemente. Além do mais, os Bulldogs Franceses são bem pesados e podem ter dificuldade em nadar. Sempre cuidado quando exercitar seu Bulldog Francês no calor.
O nível de energia de um Buldogue Francês pode variar de hiperativo e energético até a relaxado e calmo. Mas geralmente é comum que o filhote seja mais ativo até os 12 ou 18 meses, quando ele se torna efetivamente um adulto e começa a acalmar.
O Bulldog Francês é uma raça essencialmente com sangue bull e sangue terrier. Portanto, não é nenhuma surpresa que os problemas podem surgir quando dois cães dessa raça se juntam, principalmente quando são do mesmo sexo. Donos que estão considerando adicionar um segundo cão à sua família são geralmente advertidos e aconselhados a escolherem cães de sexo oposto. A castração pode fazer muito a fim de ajudar a diminuir essas tendências antes mesmo delas começarem.
Resumindo tudo, o bulldog francês é de boa índole, afetuoso, inteligente, disposto, brincalhão e carinhoso com crianças. No entanto, os exemplares da raça costumam ser agressivos entre si.





Um comentário:

  1. Esse Bulldog, simplesmente tem uma cara PERFEITA, e essa pelagem Branco com Fulvo... Espetacular.

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